De repente passa um filme...
está chegando a hora, a emoção é imensa!!! O momento é de agradecer,
primeiramente a Deus por esta benção alcançada, em segundo a todos que acreditaram
de verdade que o reconhecimento da família Raízes do Nordeste, inicialmente conhecido
por Cia de dança PFTM chegaria e a todos que dedicaram seu tempo votando em
nossa iniciativa, que divulgaram, o nosso muito OBRIGADO!
Daqui algumas horas o que
predomina em nossa imaginação ganhará forma em nossas melhores lembranças
futuras, a noite da comemoração, PREMIO ANU 2013.
A possibilidade do nosso
trabalho ser reconhecido nacionalmente tornou-se mais concreto em 2010 quando
pela 1ª vez fomos indicados entre as
cinco melhores iniciativas do Estado do Piauí, não sabíamos a magnitude disso
tudo e a iniciativa do Labino foi vencedora. Em 2011, novamente recebemos a
ligação da CUFA, pedindo que enviássemos nossa ação do ano e com Ruído da
Senzala: um grito de liberdade ficamos mais uma vez entre as 5 do Piauí,
fizemos o que estava ao nosso alcance, contudo foi a iniciativa de Teresina
Cineperiferia que venceu, entre lágrimas nos conformamos, pois na época foram
35 mil ações inscritas e termos ficado entre o grupo seleto já era uma vitória.
Todos vibraram, gritaram,
nem acreditaram. Enfim, a nossa hora havia chegado. E do dia 05 de Janeiro a 20
de Fevereiro continuamos em processo de votação, agora Nacional concorrendo ao
Prêmio Anu Preto, o mais esperado, onde as três mais votadas do ano o
receberiam. A maratona de divulgação continua, agradecemos a todos os blogs, as
Tvs que fizeram cobertura, as redes sociais, a revista Revestrés, aos nossos
amigos, enfim todos que votaram, mais uma vez obrigado.
No dia 19 de Fevereiro,
Fabiana Reis, coreógrafa do grupo e eu Rosiane Theóphilo seguimos rumo ao Rio
de Janeiro representar o nosso grupo, a comunidade Vazantinha, a cidade de
Parnaíba, enfim o estado do Piauí, a responsabilidade era toda nossa. Passamos
pelos aeroportos de Teresina, Fortaleza, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo na
volta. A ansiedade era imensa, a equipe da CUFA estava nos esperando muito
calorosamente, assim como os outros estados. E logo, fomos entrevistadas sobre
a emoção de receber o prêmio no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o templo
da cultura.
Seguimos em direção ao Hotel OK, localizado próximo ao teatro. As 19h já
estávamos no local, ficamos no camarim aguardando, tivemos o momento com a
equipe da Cufa e os artistas globais que lá estavam pra entregar os prêmios.
No 4º bloco, logo após a
homenagem a Glória Maria seguiram as ações do PI e outros estados.
Na hora da chamada “Estado
do Piauí: Projeto Faça uma criança sorrir, Grupo Cultural Raízes do Nordeste,
não tem dinheiro que pague, o coração bateu mais forte, chegara o nosso
momento. Agradeci a Deus, a todos que
votaram, a Cufa pela visibilidade do prêmio, aquela noite estava sendo um marco
em nossas vidas e em nome do Raízes do Nordeste e das crianças do projeto
dedicamos o Anu a nossa coreógrafa Fabiana Reis que acreditou desde os 13 anos
de idade que o sonho de ser reconhecido em esfera Nacional se tornaria
realidade. E entre aplausos de todo o teatro nosso dever estava se cumprindo,
recebemos o prêmio das mãos de André Ramiro.
Terminada a cerimônia
seguimos para o Restaurante Cais do Oriente com todos os premiados para continuar
a comemorar. Agradecemos a CUFA por essa iniciativa e desejamos vida longa ao
Prêmio Anu que tem o poder de modificar a vida de pessoas que desenvolvem seus
trabalhos em comunidades com situação desfavorável, sendo uma maneira de
oferecer visibilidade e valorizar o que muitos não vêem estando tão perto.
Muitos projetos que se
consagraram naquela noite, possuem patrocínios de grandes instituições, até
mesmo apoio do poder público. E pensei, desenvolvemos nossa arte da dança há 10
anos e o Projeto das Crianças há 5 anos e até agora todas as conquistas
devem-se a nossa força de vontade, ao apoio dos amigos que acreditam que
podemos fazer a diferença, que auxilia na compra de tecidos para novos
figurinos, que nos auxilia pra pagarmos transporte com o intuito de mostrarmos
nosso trabalho em outras cidades, que em meio a uma dificuldade estão lá pra
nos apoiar. Perdemos as contas de quantas vezes pagamos pra nos apresentar, de
quantas vezes não podemos dividir um cachê que é recebido entre os dançarinos porque
já temos outro projeto em mente, isso tudo pra não pararmos.
O nosso reconhecimento já
existe fora do nosso estado, só precisamos que os empresários, o poder público
da nossa própria cidade nos auxilie a ter o mínimo de condições para
continuarmos a desenvolver nossa arte, de divulgar a cultura Parnaibana em
outras cidades e estados, de podermos auxiliar de uma melhor forma as crianças
da nossa comunidade. Possuímos apenas o piso para os ensaios, faltando teto e
um local apropriado para colocarmos figurinos e elementos cênicos. Há 10 anos o grupo com recursos próprios divulga a
cultura Parnaibana através da dança, sendo muito difícil permanecer por vários
anos com os mesmos integrantes devido a necessidade de muitos saírem em busca
de emprego. Sendo um dos sonhos dos integrantes poder se manter através de sua
arte.
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