O final do mês de Março de 2015 no Teatro do Sesc Avenida foi marcado por diversas apresentações culturais das cidades de Parnaíba, Teresina e Floriano através do projeto Março de Artes Cênicas que foi criado para comemorar o Dia do
Teatro e do Circo.
Em meio a programação houve a abertura
das apresentações do Palco Giratório com o espetáculo Nordeste: a dança do
Brasil do Balé Popular do Recife na sexta-feira 27 de Março.
“Nordeste - a dança do Brasil” é o espetáculo mais difundido do grupo de
dança, trata-se de um passeio panorâmico pelas principais manifestações
artísticas e culturais de Pernambuco através dos autos e folguedos populares
encontrados nos ciclos festivos nordestinos, como no ciclo natalino que
compreende os meses de outubro, novembro e dezembro, segundo o que determina
para a época o Calendário Brasílica, na Estação da Primavera: Guerreiro, Dança
dos Arcos (galante), Brincantes do Nordeste e Cavalo Marinho. No ciclo junino
que compreende os meses de abril, maio e junho, Estação do Outono, destaca-se o
Xaxado, Coco de Roda, a Ciranda, e a Quadrilha Junina. O terceiro ciclo
festivo, Estação Inverno, meses de julho, agosto e setembro, a prioridade é o
tema Afro Brasileiro, que é uma representação das danças de influencia africana
na nossa cultura, como a dança Quilombiana, Afro Primitivo, Caboclos de Lança e
Maracatu Nação. Finalizando o espetáculo com a Estação Verão, meses de janeiro,
fevereiro e março, o público é brindado com as manifestações do ciclo
carnavalesco onde há a apresentação das danças mais contagiantes do Brasil,
típicas do carnaval pernambucano como os Caboclinhos, a “La Ursa – troça” e o
eletrizante Frevo. Nordeste: a dança do Brasil, uma exuberante festa para os
olhos e para o espírito, rica, colorida, vibrante e alegre.
Dentre as atividades realizadas pela companhia na cidade de Parnaíba,
além da apresentação, houve a oficina com iniciação à metodologia Brasílica de
dança com o objetivo de ensinar os principais movimentos e os passos básicos de
alguns dos ritmos da cultura popular nordestina como Ciranda, Coco, Guerreiro,
Afoxé, Maracatu e Frevo, presentes em seu espetáculo, ministrada para o Grupo
Raízes do Nordeste como parte do Intercâmbio Cultural promovido pelo Palco
Giratório.
No dia seguinte, 28 de Março o Raízes ministrou sua primeira oficina com
base em sua trajetória e sequencias coreográficas do Maculelê. Foi uma imensa
responsabilidade e uma honra. Eles foram super receptivos e participativos,
ficamos super emocionados ao ver o Balé de Recife dançando o nosso Maculelê.
Logo após a oficina, surgiu o convite para irem visitar o nosso espaço
na Vazantinha do outro lado do rio, continuando assim o intercâmbio através de
um belo almoço preparado para todos. E assim, na aventura de irem de canoa,
Raízes e o Balé estreitando os laços e conhecendo de perto um pouco da nossa
realidade.
No intercâmbio consistia além do momento oficina, o Balé também ficaria
na cidade para assistir a apresentação local que foi feita por nós. A
expectativa e ansiedade estavam enormes, afinal não era fácil nos apresentarmos
depois. Contudo, deu tudo certo, mostramos o nosso trabalho da melhor forma
possível, o público se emocionou junto conosco. Agradecemos a presença de cada
um de nossos amigos, familiares, o Balé de Recife, o secretário de Cultura
Hélder Sousa, Gilson Barros, secretário do Ministro da Cultura; a equipe do
Janela para o Mundo, enfim a todos que pela presença nos proporcionou uma noite
memorável.
Logo após a apresentação, convidamos o Balé do Recife para receberem
como lembrança os colares utilizados por nossos bailarinos e que foram feitos
especialmente para eles. Fechamos a noite do 28 de Março com chave de ouro através dos comentários dos que
estavam presentes.
Foi um contato para a história e um presente para o Raízes, conhecer um
pouco mais de perto a história dessa grande companhia que é referência
artística para o Brasil e outros países, são quase 40 anos de amor e dedicação
a arte que se faz e que fica enraizada por onde passa. Parabéns cada bailarino
que com sua energia contagia a plateia, André Madureira, Ângela Fischer e
Christiane Galdino obrigada por tudo, foi uma honra os minutos nos quais
tivemos oportunidade de conversar.
“Eu achei muito importante ter assistido esse
espetáculo. Fiquei muito emocionada em diversos momentos, porque tem muita
coisa relacionada ao nosso trabalho. A gente sabe das dificuldades, porque nós
também já passamos. Mas a gente sabe também que vocês estão com toda garra,
estão querendo vencer e o amor com que vocês fazem o espetáculo é muito
importante. Belíssimo, lindo, adorei, fantástico. (Ângela Fischer) (Diretora
Artística – Balé do Recife)
Muita garra, muita energia, bem ensaiado, coreografias marcantes. Estão
de parabéns os meninos em cena, muita sensualidade. Continuem assim vibrando,
lutando pela cultura, acreditando. Isso é um trabalho de amor que vocês fazem,
dedicação. O resultado é esse, uma coisa maravilhosa, vibrante que a gente viu
hoje aqui. Muita garra, mulheres brasileiras, energia, a força, a coragem e a
disposição estão presentes em seu espetáculo.
É importante
ressaltar a amizade que surgiu entre os grupos, são coisas espirituais que vão
além da compreensão humana. É uma comunhão entre os povos e isso só tem a
ganhar é o planeta que fica mais bonito, mais colorido, mais festivo. Que continue
essa amizade pra sempre. Teremos a oportunidade de recepciona-los em breve em Recife.
Esperamos vocês de braços abertos em minha casa. (André Madureira – Diretor Artístico
e coreógrafo do Balé de Recife)
Em breve, depoimentos de Helder Souza, Vanusa Costa e Christiane Galdino...
Obrigada ao Sesc em nome de Lili Machado pela oportunidade que nos foi dada, uma nova etapa
se inicia na vida do Raízes do Nordeste de agora em diante, nos sentimos
batizados por eles. Que Deus lhe ilumine a cada dia e que possas propagar a
cultura para muitos outros lugares. Obrigada de coração pelos presentes ao
Raízes durante esses anos. Ao nosso querido Zé Maria que cuidou tão bem de todos os detalhes para a nossa iluminação e atuação em cena. Grande abraço!!!
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